domingo, 16 de outubro de 2011

Bioma PAMPA ou Campos Sulinos





Também é conhecido como Campos do Sul ou Campos Sulinos. Ocupa uma área de 176.496 Km² correspondente cerca de 2% do território nacional e é constituído principalmente por vegetação campestre. No Brasil o Pampa só está presente do estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho e também está presente em territórios da Argentina e Uruguay.O Pampa é composto basicamente de gramíneas, herbáceas e algumas árvores. Serão graves os impactos da transformação no ecossistema atual em monocultura de árvores, cujo estágio de sucessão é bem diferente.Toda monocultura provoca um desequilíbrio ambiental, que corresponde com a diminuição de algumas espécies e aumento de outras, além de alteração nas funções ecológicas básicas do ecossistema.Os Campos da região Sul do Brasil são denominados como “pampa”, termo de origem indígena para “região plana”. Esta denominação, no entanto, corresponde somente a um dos tipos de campo, mais encontrado ao sul do Estado do Rio Grande do Sul, atingindo o Uruguai e a Argentina.Outros tipos conhecidos como campos do alto da serra são encontrados em áreas de transição com o domínio de araucárias. Em outras áreas encontram-se, ainda, campos de fisionomia semelhantes à savana. Os campos, em geral, parecem ser formações edáficas (do próprio solo) e não climáticas. A pressão do pastoreio e a prática do fogo não permitem o estabelecimento da vegetação arbustiva, como se verifica em vários trechos da área de distribuição dos Campos do Sul.A região geomorfológica do planalto de Campanha, a maior extensão de campos do Rio Grande do Sul, é a porção mais avançada para oeste e para o sul do domínio morfoestrutural das bacias e coberturas sedimentares. Nas áreas de contato com o arenito botucatu, ocorrem os solos podzólicos vermelho-escuros, principalmente a sudoeste de Quaraí e a sul e sudeste de Alegrete, onde se constata o fenômeno da desertificação. O solo, em geral, de baixa fertilidade natural e bastante suscetível à erosão.À primeira vista, a vegetação campestre mostra uma aparente uniformidade, apresentando nos topos mais planos um tapete herbáceo baixo – de 60 cm a 1 m -, ralo e pobre em espécies, que se torna mais denso e rico nas encostas, predominando gramíneas, compostas e leguminosas; os gêneros mais comuns são: Stipa, Piptochaetium, Aristida, Melica, Briza. Sete gêneros de cactos e bromeliáceas apresentam espécies endêmicas da região. A mata aluvial apresenta inúmeras espécies arbóreas de interesse comercial.Na Área de Proteção Ambiental do Rio Ibirapuitã, inserida neste bioma, ocorrem formações campestres e florestais de clima temperado, distintas de outras formações existentes no Brasil. Além disso, abriga 11 espécies de mamíferos raros ou ameaçados de extinção, ratos d’água, cevídeos e lobos, e 22 espécies de aves nesta mesma situação. Pelo menos uma espécie de peixe, cará (Gymnogeophagus sp., Família Cichlidae) é endêmica da bacia do rio Ibirapuitã.O Pampa Gaúcho está situado no sul do Brasil, no Estado do Rio Grande do Sul, na divisa com o Uruguai. O Pampa é uma região de clima temperado, com temperaturas médias de 18°C, formada por coxilhas onde se situam os campos de produção pecuária e as várzeas que se caracterizam por áreas baixas e úmidas. A região sul tem, na pecuária, uma tradição que se iniciou com a colonização do Brasil.Os campos no RS ocupam uma área de aproximadamente 40% da área total do estado. O Pampa gaúcho da Campanha Meridional encontra-se dentro da área de maior proporção de campos naturais preservados do Brasil, sendo um dos ecossistemas mais importantes do mundo.



segunda-feira, 25 de julho de 2011

Rivera





É a capital e a cidade mais importante do Departamento de Rivera. Com uma superfície total de 9.370 km², este departamento corresponde a 5,3% da superfície total do Uruguai. Por lei, surgiu como povoado, em 07 de maio de 1862, com a denominação de "Pueblo de Ceballos", em memória ao Governador e Vice-Rei espanhol de Buenos Aires, Don Pedro Ceballos. Por decreto de junho de 1867, passou a chamar-se "Rivera", em homenagem ao Coronel Barnabé Rivera. O departamento criado em 1884 foi denominado de Rivera, mas em homenagem ao General Don Fructuoso Rivera, primeiro presidente do Estado Oriental, em 1830, tendo participado de inúmeras batalhas de independência contra os portugueses e nas guerras civis contra o Partido Nacional uruguaio e seus aliados rositas argentinos. Fructuoso Rivera acabou vítima de uma emboscada de índios charruas, aos quais pretendia eliminar.

Sant'Ana do Livramento



Excelente iniciativa que se encontra em qualquer mesa de bar e restaurante em Santana do Livramento e em Rivera, que aqui registro o ótimo texto:


"Antes, no silêncio de nossa ausência, havia calma e um pampa que "corcoviava selvagemente". Mas veio a guerra da cisplatina que marcou a alma de nossa terra, onde antes de se tornar vila pacata, passou por sangrentos combates. Sant'Ana do Livramento teve suas origens em campos neutrais nos anos de 1810 do Rio da Prata, onde ali culminaram as independências das colônias espanholas, despertou no Império do Brasil preocupação para cuidar das fronteiras na região de Bagé e Sant'Ana, e em seu intento expansionista organiza um exército em que é dividido em dois destacamentos principais. Um deles estabelecendo-se às margens do arroio Ibirapuitã, que se chamou de "Acampamento de São Diogo", o que de fato marcou o início do povoamento com a construção de uma capela junto ao referido arroio. Este lugar não foi de agrado das autoridades religiosas, transladando a capela para outro local denominado de Itacuatiá, com fundação da capela de Nossa Senhora do Livramento no dia 23 de julho de 1823" (Sant'Ana do Livramento 1823 - Carlos Alberto Potoko).


Pouco tempo mais tarde, por volta de 1834, a fazendeira Anna Ilha de Vargas, doa à cidade nascente, uma imagem de Santa Ana com a condição de que a povoação tomasse o nome da nova santa. Como a doadora, que era uma fazendeira influente e muito estimada, por reverência e importância do ato na época, o lugar passou a chamar-se Santa Ana. Aconteceu, porém, que com o costume de há muitos anos a denominação de Nossa Senhora do Livramento já estar consagrada, essas denominaçãoes, de caráter oficial fundiram-se gerando uma terceira denominação: Sant'Anna do Livramento.